Sentir uma dor aguda na parte inferior das costas, como se algo pressionasse de dentro para fora, é uma das experiências mais comuns — e dolorosas — para quem sofre com cálculo renal. Popularmente conhecido como pedra nos rins, o problema é mais frequente do que parece e, quando negligenciado, pode evoluir para quadros graves, exigindo internação ou cirurgia.
Neste artigo, vou te explicar o que é o cálculo renal, quais os sintomas mais comuns, o que causa essa condição e, principalmente, quando é hora de procurar ajuda médica e considerar a cirurgia.
O que é cálculo renal?
Cálculo renal é a formação de pequenas pedras dentro dos rins, criadas a partir do acúmulo e cristalização de sais minerais e outras substâncias que estão presentes na urina. Quando esses cristais crescem e ganham volume, podem se deslocar pelo trato urinário, provocando obstruções e dores intensas.
Há casos em que o paciente sequer percebe a existência de um cálculo, especialmente quando ele é pequeno e eliminado naturalmente. Mas, quando isso não acontece, o desconforto pode ser tão intenso que interfere completamente na rotina e exige atendimento imediato.
Sintomas: o que seu corpo pode estar sinalizando
A dor lombar forte, súbita e que pode irradiar para a virilha é o sintoma mais clássico do cálculo renal. Ela costuma aparecer de forma aguda, em crises que não melhoram com repouso e, muitas vezes, vêm acompanhadas de náusea, vômito e vontade frequente de urinar.
Além da dor, é comum observar sangue na urina (mesmo que em pequena quantidade), sensação de ardência ao urinar e, em alguns casos, febre — o que pode indicar uma infecção associada ao cálculo, quadro que exige ainda mais atenção.
Causas e fatores de risco
Diversos fatores podem contribuir para o surgimento das pedras nos rins. O principal deles é a baixa ingestão de água, que faz com que a urina fique mais concentrada e facilite a formação dos cristais. Dietas ricas em sal, proteína animal e alimentos ultraprocessados também favorecem o surgimento dos cálculos.
Algumas pessoas possuem predisposição genética ou doenças metabólicas que aumentam o risco. O uso prolongado de certos medicamentos ou suplementos sem orientação médica também pode estar relacionado ao problema.
Tratamento: quando operar é a melhor saída
Nem todo cálculo renal exige cirurgia. Em muitos casos, pedras pequenas (com até 5 mm) são eliminadas espontaneamente com aumento da ingestão de líquidos, uso de medicamentos para dor e acompanhamento médico.
No entanto, a cirurgia passa a ser indicada quando o cálculo:
- é grande demais para ser expelido naturalmente;
- causa obstrução das vias urinárias;
- está associado a infecções urinárias de repetição;
- provoca dor intensa e contínua;
- ou compromete a função dos rins.
Hoje, a urologia dispõe de técnicas modernas e minimamente invasivas, como a ureteroscopia e a litotripsia, que permitem resolver o problema com segurança e uma recuperação muito mais rápida. A escolha do método depende do tamanho, localização e composição do cálculo.
Como evitar novos episódios?
Depois de passar por uma crise de cálculo renal, a prevenção deve ser levada a sério. Beber bastante água ao longo do dia — de forma constante — é a medida mais eficaz. Além disso, é importante moderar o consumo de sal e proteína animal, manter uma dieta equilibrada e fazer acompanhamento periódico com o urologista.
Em casos de repetição frequente, exames específicos podem ser solicitados para investigar causas metabólicas e personalizar o plano de prevenção.
Quando procurar um urologista?
Se você teve uma crise de dor lombar forte, notou sangue na urina, alterações ao urinar ou já foi diagnosticado com cálculo renal, é fundamental fazer uma avaliação com um urologista. Com o diagnóstico correto e um plano de tratamento bem definido, é possível resolver o problema e evitar novas crises.
Quer entender melhor seu caso? Agende uma consulta e tenha uma avaliação detalhada feita por um especialista.